Homens que acham que serem contestados por uma mulher é sofrer opressão.
Muito comum em uma sociedade onde quem precisa sempre estar certo é o homem, e as mulheres que se calem e se curvem.
Como ousa uma mulher fazer contestações a um homem? Como ousa dizer que não concorda com ele? Como ousa afirmar em público que ele esteja errado? Como ousa falar em nome de um sem número de mulheres oprimidas diuturnamente pelo machismo e misoginia? Quantas mais mulheres serão ignoradas, secundarizadas ou tomadas como ignorantes quando a grande voz masculina fala? Mulheres estão proibidas de pensar, dentro de uma sociedade que despreza mulheres, essa deve ser tarefa reservada apenas aos homens.
E vem nos ensinar Paulo Freire: ”Mas o que ocorre, ainda quando a superação da contradição se faça em termos autênticos, com a instalação de uma nova situação concreta, de uma nova realidade inaugurada pelos oprimidos que se libertam, é que os opressores de ontem não se reconheçam em libertação.
Pelo contrário, vão sentir-se como se realmente estivessem sendo oprimidos.
É que, para eles, “formados” na experiência de opressores, tudo o que não seja o seu direito antigo de oprimir significa opressão a eles.”
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